Uma vez traidor sempre traidor? Estudo revela fatos curiosos sobre o tema da desonestidade
Em algum momento de nossas vidas, todos nós já trapaceamos em algo, seja copiando a tarefa de algum colega de escola, por exemplo, ou mesmo sendo infiel em uma relação amorosa.
Mas a questão é como você se sentiu depois disso: culpado e quis confessar tudo? Ligeiramente culpado, podendo conviver com o erro? Ou praticamente se esqueceu de tudo rapidamente e “partiu” para a próxima transgressão?
A noção de uma “memória seletiva” é bem conhecida e esta seletividade pode estar por trás de você ser repetidamente um “trapaceiro”. Cientificamente falando, isso é conhecido como “amnésia moral”.
Um estudo realizado nos EUA e publicado no “Proceedings of the National Academy of Sciences” descobriu como podemos nos esquecer de alguns de nossos próprios erros, mas, ao mesmo tempo, nos lembrarmos de outros.
Os pesquisadores realizaram vários experimentos. No primeiro eles pediram a 343 voluntários para escreverem as coisas éticas e antiéticas pelas quais foram responsáveis e, em seguida, preencherem questionários.
Em outro experimento, 70 estudantes participavam de um jogo de arremesso de moedas, onde para os trapaceiros ganhar dinheiro era relativamente simples.
Duas semanas mais tarde, cada participante foi convidado a preencher alguns questionários, incidindo sobre suas lembranças do jogo e a refeição que comeram naquela mesma noite.
43% deles relataram ter trapaceado, e esse número foi muito menos expressivo do que os que se lembraram do que havia comido.
Os pesquisadores realizaram outro experimento com 230 voluntários para encorajarem ou não a repetição da desonestidade, mas desta vez com um jogo em que era muito fácil trapacear e conseguir dinheiro.
Muitos dos voluntários tiveram dificuldade em se lembrar de sua falcatrua anterior, e, portanto, eram mais propensos a fazer trapaça neste jogo.
O resultado descoberto pelos cientistas foi o de que nós somos capazes de reduzir o nosso comportamento antiético, pois isso nos ajuda a manter uma autoimagem positiva.
Fonte: Mirror