Mulher em coma “grita” para médicos não desligarem suporte de vida
Uma mulher que estava em coma gritou para que os médicos não desligassem o suporte que a mantinha viva.
Adele Rudd, de Birmingham, na Inglaterra, contou sobre sua terrível experiência de ficar paralisada em coma. A mulher teve uma milagrosa recuperação após ser instruída a chutar uma bola para seu filho.
Adele Rudd tinha apenas 25 anos quando foi colocada em coma tendo comente 5% de chance de sobrevivência.
Ela sentiu como se estivesse “gritando”, querendo permanecer viva quando, na realidade, estava paralisada do pescoço para baixo e só conseguia se comunicar com os olhos.
O pai de Adele, Anthony, ficou ao seu lado e pediu que ela “chutasse uma bola” para seu bebê de oito meses, Milano, quando ela moveu o pé direito.
Para a surpresa de todos, Adele então acordou e passou por uma recuperação incrível, reaprendendo a andar e falar.
Milagre da vida
“Os médicos disseram à minha família para dar adeus e permitir que eles desligassem minhas máquinas de suporte de vida”, contou ela. “Eles disseram que não havia atividade cerebral e que eu estava clinicamente com morte cerebral, mas isso não era verdade. Eu estava ciente da sobre a maior parte das coisas que eles diziam, eu podia ouvir, mas não conseguia acordar. Era como um sono profundo.”
“É como estar preso dentro de seu corpo gritando, mas não havia absolutamente nada que eu pudesse fazer. Eu não conseguia falar ou me mover, só conseguia me comunicar com meus olhos.”
A primeira vez que Adele percebeu que algo tinha algo de errado foi quando ela estava voltando da casa de um amigo e começou a sentir calor e formigamento. Sua visão ficou embaçada, então ela imediatamente caiu.
Adele se lembra de ter ouvido uma sirene de ambulância quando “de repente” seu pai estacionou em sua van. “Por total coincidência, ele estava voltando para casa do trabalho, mais cedo, notou meu carro e pensou que talvez eu tivesse me envolvido em um pequeno acidente”, acrescentou ela.
Adele foi levada às pressas para o Heartlands Hospital e depois para o Good Hope. Uma ressonância magnética revelou dois bloqueios no suprimento de sangue para o cérebro.
Superação
Os médicos explicaram que ela havia sofrido uma série de mini derrames conhecidos. Então, em seu segundo dia no hospital, ela sofreu um derrame muito maior.
Depois de duas semanas em coma, Adele acordou, mas teve a síndrome do encarceramento e só conseguia piscar uma vez para ‘sim’ e duas para ‘não’.
A determinada mãe desafiou todas as probabilidades de andar e falar novamente após quatro meses de fisioterapia e fonoaudiologia na unidade de reabilitação neurológica INRU do Moseley Hall Hospital.
Sete meses depois de ser levada às pressas para o hospital, Adele estava animada e nervosa por finalmente poder voltar para casa.
Adele recuperou seu lado direito, porém seu lado esquerdo ficou com movimento mais limitado. Ela agora tem um problema na fala, mas mesmo assim é capaz de falar.
O caso aconteceu em 2016. O pai de Adele, Anthony, morreu em 2020, mas sua perda a deixou ainda mais determinada a continuar deixando-o orgulhoso.
Como resultado, ela levou Milano de férias para Portugal com sua mãe – algo que ela nunca imaginou que seria capaz de fazer.
Fonte: Mirror