Mães não têm laços mais fortes com os filhos do que os pais, revela estudo
Algumas pessoas argumentam que um “instinto maternal” é parte da biologia feminina. Mas a gravidez e os hormônios realmente criam um vínculo mais forte entre mãe e filho (a)?
Alguns estudiosos afirmam haver um vínculo pré-natal (ou seja, que precede o nascimento) entre mães e filhos, o que as faria se sentir mais ligadas ao descendente.
No entanto, a evidência real que vincula os sentimentos sobre o bebê durante a gravidez ao comportamento pós-natal (posterior ao nascimento) é inconsistente. Portanto, não é claro como – ou mesmo se – tais sentimentos influenciam relacionamentos posteriores.
Ainda que isto seja um fato, outro problema é que a maior parte das pesquisas nesta área foi realizada com as mães e filhos (as).
Agora está se começando a entender que os pais também desenvolvem relações pré-natais com sua prole. Não ter a experiência da gravidez não significa que o relacionamento com os filhos (as) estará comprometido.
O hormônio oxitocina é conhecido por ser liberado em grandes quantidades durante o parto e também durante a amamentação para ajudar a regular a ligação maternal nos mamíferos.
No entanto, menos bem conhecida é a experiência de que pais aumentam seu nível do homônimo de maneira igual ao das mães, como resultado de interação com seus bebês.
Há, no entanto, diferenças nos tipos de interação das mães e dos pais com a prole que parece produzir estes aumentos.
Para as mães, isto acontece com comportamentos como na conversa com seu (s) bebê (s), olhando nos olhos da criança e também no contato afetuoso.
Para os pais, isso ocorre também no contato, mas ainda no “comportamento brincalhão” – como ao apresentar ao descendente alguns novos objetos – e parece produzir o aumento dos níveis de oxitocina.
Um grande problema quando se trata de compreender as diferenças e semelhanças entre pais e mães é que a maioria das pesquisas sobre a ligação entre eles e os filhos não compara diretamente os progenitores.
Isto provavelmente porque as mães ainda ficam em casa com a criança com mais frequência que os pais, e os pesquisadores podem ter dificuldades em encontrar famílias suficientes onde os pais cumpram o papel de principal cuidador.
Então, não se sabe realmente se os pais interagem com os bebês de forma diferente das mães devido às diferenças biológicas ou devido às funções relacionadas à criação dos filhos.
Fonte: DailyMail