Envolvimento cada vez maior de crianças no Funk gera polêmica sobre sexualização de menores no Brasil
O envolvimento cada vez maior das crianças no Funk brasileiro, como MC’s, por exemplo, trouxe à tona a questão da sexualização dos envolvidos.
Muitas músicas revelam não somente o envolvimento dessas crianças em um mundo de fama, muitas vezes altamente rentável, como também consequências maiores para a sociedade brasileira.
MC Melody, de 8 anos de idade, realiza shows lotados em clubes em sua cidade natal, São Paulo, e tem milhares de seguidores no Facebook.
No mês passado seu nome era um dos termos mais buscados no Google no Brasil, com mais de 50.000 pesquisas em um só dia.
MC Pedrinho, de 12 anos de idade, canta uma música na qual pede a uma menina para ajoelhar-se e realizar um ato íntimo com ele. A canção tem mais de 20 milhões de acessos no YouTube.
Recentemente, um novo funkeiro, MC Vilãozin, uma criança de seis anos de idade, lançou seu primeiro disco.
Para o advogado Ricardo Cabezon, presidente da Comissão de Direitos Infanto-juvenis em todo o Estado de São Paulo, o funk está roubando a inocência das crianças no Brasil, país com altos níveis de abuso infantil e com a segunda maior taxa de prostituição infantil no mundo.
Para Fabricio Ribeiro, da Universidade Newton Paiva, em Belo Horizonte, isso já vinha acontecendo com outros tipos de música, e as crianças de hoje não são apenas espectadoras, mas, também, agentes que promovem isso.
No entanto, os vídeos, por vezes com performances “ousadas”, são virais na web e ganham cada vez mais adeptos dentro da sociedade brasileira.
Fonte: DailyMail