Detentos na Noruega são realmente tratados como pessoas
Quando uma pessoa comete um crime, normalmente, ela é presa a fim de responder pelo ato que cometeu. A intenção do sistema carcerário é recuperar os presos para que estes possam viver novamente na sociedade e não sejam reincidentes.
Em nosso país, assim como em muitos outros, o sistema prisional não possui as melhores condições para a sobrevivência dos internos e nem oferece à eles um tratamento adequado, respeitando-os em sua individualidade.
Mas saiba que isso não acontece no mundo todo. Na Noruega, os detentos são tratados de forma humana, sendo valorizados até mesmo em seus momentos de lazer.
A prisão responsável pelo bom tratamento de seus detentos é Bastoy Prision Island, localizada em uma ilha próxima à capital Oslo. O local é visto como uma colônia de férias, pois ao invés de passarem os dias presos, os internos vivem como em uma comunidade, onde trabalham, estudam, cozinham e possuem momentos de descanso e lazer.
A Bastoy Prision Island possui cerca de 120 detentos, que se encontram lá devido à tráficos e assassinatos.
A prisão já possui o menor índice de reincidência do mundo e a única regra para a entrada de um detento, é a de que ele não permaneça no local por mais de cinco anos.
Em entrevista ao The Guardian, um detento afirma: Aqui, sabemos que somos detentos, mas somos tratados como gente. Todos nós temos que trabalhar, mas nos horários livres, podemos pescar, nadar na praia, etc”.
A Bastoy não possui alas, mas sim algumas casas com seis quartos cada, na quais o presos possuem quartos individuais e dividem sala, cozinha e banheiro.
Quanto à alimentação, apenas uma refeição é servida diariamente, sendo as restantes, de responsabilidade dos internos que recebem uma mesada a fim de garantir o alimento diário, que pode ser comprado em um mercado interno.
A Noruega possui, aproximadamente, cinco milhões de habitantes e tem o mais avançado sistema carcerário do mundo, responsável por mais de quatro mil detentos.
“Prender uma pessoa não significa ter que fazê-la sofrer. Pela lei, a prisão não necessita ser em uma cela terrível, mas sim, fazer com que o sujeito perca a sua liberdade. Se tratarmos os detentos como animais, quando saírem do sistema carcerário, agirão como verdadeiros animais. Aqui, nós os tratamos como seres humanos”, disse um dos gestores responsáveis pelo sistema carcerário do país, Arne Nilsen.
Fonte: Hypeness