Cirurgião é demitido após pedir faxineira para ajudá-lo em cirurgia de amputação
Um cirurgião foi demitido depois de pedir ajuda de uma faxineira para realizar uma operação.
No Hospital Universitário de Mainz, localizado no oeste da Alemanha, uma situação inusitada deixou os funcionários perplexos. Em 2020, um cirurgião tomou uma decisão controversa ao contratar uma faxineira para auxiliá-lo durante uma amputação de dedo do pé. O incidente veio à tona recentemente e causou indignação entre a equipe médica.
De acordo com a emissora pública SWR, não houve complicações para o paciente em questão, mas o médico responsável foi demitido do hospital. Norbert Pfeiffer, o executivo-chefe da instituição, revelou que o cirurgião decidiu prosseguir com o procedimento mesmo sem a presença de um assistente qualificado disponível.
Durante a cirurgia, o paciente recebeu anestesia local, porém, acabou ficando inquieto. Foi nesse momento que o médico solicitou a ajuda da faxineira que estava próxima. Ele pediu para que ela segurasse a perna do homem e passasse os instrumentos cirúrgicos necessários. Segundo o jornal local Mainzer Allgemeine Zeitung, a faxineira não possuía experiência médica.
Cirurgião foi demitido ao receber ajuda da faxineira
A descoberta desse incidente ocorreu quando um gerente do hospital notou a presença da faxineira segurando compressas de gaze ensanguentadas na sala de operações. Essa situação inaceitável gerou grande repercussão e críticas por parte dos funcionários do hospital.
Norbert Pfeiffer expressou sua insatisfação com o ocorrido, afirmando: “Isso nunca deveria ter acontecido”. Por conseguinte, o médico responsável pelo ato foi demitido e as circunstâncias estão sendo investigadas para evitar que situações semelhantes ocorram novamente.
Essa não é a primeira vez que a Alemanha se depara com escândalos médicos. No início do ano, um médico foi condenado a dois anos e nove meses de prisão por emitir ilegalmente mais de 4.000 certificados de isenção do uso de máscaras durante a pandemia de coronavírus. Um tribunal regional em Weinheim considerou a médica culpada por emitir os certificados sem nunca ter examinado ou conhecido a maioria das pessoas beneficiadas.
Durante o julgamento, a médica alegou que o uso de máscaras era prejudicial à saúde das pessoas. Além da pena de prisão, ela foi proibida de exercer a profissão por três anos e recebeu uma multa de 28.000 euros (R$ 147 mil), valor que havia recebido pelos atestados médicos fraudulentos. Além disso seu assistente de escritório também foi multado em 2.700 euros (R$ 14 mil).
Por fim vale lembrar que esses casos ressaltam a importância da ética e da qualificação profissional na área da saúde, além de reforçar a necessidade de uma fiscalização rigorosa para garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes. Dessa forma o Hospital Universitário de Mainz está tomando medidas para evitar a repetição de episódios como esse, visando sempre a qualidade e a excelência nos serviços oferecidos aos pacientes.
Fonte: DailyMail