Centenas de pessoas são contaminadas pelo vírus HIV depois de médico sem licença reutilizar seringas e agulhas em pacientes do Camboja
Duzentas pessoas, incluindo 12 crianças, foram diagnosticadas com o vírus HIV depois de serem medicadas por um médico no Camboja.
O médico Yem Chrin, que fez atendimento em casas por quase duas décadas na aldeia rural de Roka, foi preso depois que a polícia disse que ele admitiu reutilizar agulhas e seringas em seus pacientes. Entre os infectados, 16 são membros da mesma família.
Chrin, que treinou para enfermeiro em pessoas em um capo de refugiados, foi acusado de homicídio qualificado, com intenção de espalhar o HIV, e é acusado de praticar a medicina sem licença.
Sua negligência foi descoberta em agosto do ano passado, depois que uma mulher da aldeia, que estava grávida, foi diagnosticada com o vírus HIV durante um exame de rotina. Os médicos foram incapazes de explicar a infecção, mas depois de uma outra gestante também aparecer com exame positivo algumas semanas mais tarde, centros médicos foram inundados por moradores pedindo para serem testados.
Na época, o primeiro-ministro do país se recusou a aceitar os resultados como genuínos, dizendo que ele tinha “100 por cento” certeza que não era HIV.
Enquanto a qualidade dos cuidados de saúde no Camboja rural tem sido descritas como “pobres” pela Organização Mundial de Saúde, algumas pessoas tem a elogiado por seus esforços para reduzir a propagação do HIV.
As taxas de infecção no país do Extremo Oriente são um terço menor do que aquelas na vizinha Tailândia, e os casos de infecção em massa como este são bastante raros.
O governo tem um amplo programa de fornecimento de medicamentos gratuitos para aqueles que sofrem da infecção, e os disponibilizou para as pessoas de Roka.
Apesar disso, os moradores relataram terem sido tratados como perigosos, evitado por pessoas de cidades vizinhas e obrigados a lavar as mãos com desinfetante sempre que visitam prédios públicos.
No passado o governo do Camboja tem sido criticado por seu tratamento das pessoas infectadas com HIV, depois de ter criado uma comuna para as famílias que sofrem com a doença.
Em 2009, a Anistia Internacional criticou o governo cambojano depois de fazer 20 famílias infectadas se mudarem da área de Phnom Penh para viverem em barracos verdes construídos em Tuol Sambo.
Fonte: Daily Mail