Casal cristão é condenado à morte no Paquistão por acusação de blasfêmia em mensagem de texto
Um casal cristão que foi condenada à morte no Paquistão por blasfêmia contra o profeta Maomé alegou ter sido torturado para confessar o crime.
Shafqat Emmanuel e Shagufta Kausar, de Gojra, no mesmo país, foram considerados culpados de enviar uma mensagem de texto através de um celular.
O casal, que possui 4 filhos, foi preso em julho de 2013 depois que a imã local (pessoa que conduz orações em uma mesquita), Maulvi Mohammed Hussain, afirmou que o homem havia usado o telefone da esposa para lhe enviar um texto insultando o profeta.
Emmanuel, que é paralisado da cintura para baixo, afirmou que a única razão pela qual assumiu a autoria do texto foi a de que sua esposa estava sendo torturada pela polícia porque negava o feito.
“Não há homem que possa suportar ver sua esposa sendo torturada pela polícia, e de modo a salvar a minha esposa, eu confessei”, relatou ele em um apelo para conseguir fiança.
O casal alegou que seu aparelho havia sido roubado meses antes de a mensagem ter sido envidada. Farukh Saif, que presta assistência jurídica a eles, disse que não havia qualquer evidência de que as mensagens foram enviadas de um aparelho de propriedade do casal.
Emmanuel e Kausar foram inicialmente condenados à morte, mas é provável que passem o resto de suas vidas na cadeia.
Foi apresentada uma queixa em razão da condição de deterioração do homem, alegando que a falta de tratamento na prisão deixou-o com escaras e problemas de saúde que o oferecem risco de morte.
As Leis de blasfêmia do Paquistão são duras e acusações contra o Islã são levadas muito a sério no país. Ser considerado culpado de profanar o Alcorão ou blasfemar contra o profeta Maomé é punível com morte ou prisão perpétua.
Fonte: DailyMail