Libertadores 2014 é a menos brasileira dos últimos anos
Os clubes brasileiros já estavam acostumados a passar facilmente das primeiras fases da Taça Libertadores da América, o maior torneio de futebol do continente e que garante ao campeão uma vaga no mundial de clubes da FIFA, contudo, neste ano de 2014, a supremacia brasileira ruiu logo no início da competição. E poderia ter sido ainda pior.
Flamengo, Botafogo e Atlético Paranaense foram eliminados logo na primeira fase do torneio, enquanto Cruzeiro e Grêmio, mesmo tendo avançado às oitavas de final, passaram um grande sufoco ao perder para clubes de menor expressão.
As consequências das eliminações
No futebol brasileiro, eliminações precoces em competições importantes costumam trazer consigo muitas mudanças, e foi justamente isto que temos visto desde o final da fase de grupos da Libertadores da América.
No Flamengo, clube campeão da Copa do Brasil em 2013 a primeira atitude pós eliminação foi o afastamento do meia Carlos Eduardo, que no momento, treina separado dos demais companheiros de equipe.
O Botafogo, sofrendo com o embargo de suas receitas não pode sequer pagar em dia os salários do seu elenco, mas mesmo assim conseguiu junto ao Corinthians o empréstimo do atacante Emerson Sheik, que não vinha rendendo bem na equipe paulista para a disputa do brasileirão. Antes disto, a diretoria demitiu o treinador Eduardo Hungaro e fechou com Vagner Mancini.
Já o Atlético Paranaense foi mais radical e afastou o zagueiro Manuel, que está no clube há mais de uma década e rescindiu o contrato com o atacante Adriano Imperador, que mais uma vez faltou a treinos devido a excessos em casas noturnas.
Aonde erraram os eliminados
Após o péssimo desempenho apresentado, o questionamento que fica é sobre a qualidade do futebol apresentado pelos clubes eliminados e qual a causa de aproveitamento tão baixo.
Especialistas apontam como maior problema dos eliminados a falta de investimento para a competição e a não manutenção do elenco vencedor que conseguiu a vaga em 2013.
Botafogo, Flamengo e Atlético PR venderam jogadores-chave de seus elencos, e isto prejudicou muito a montagem do time para o desafio sulamericano, diferentemente de Grêmio, Cruzeiro e Atlético MG que avançaram à fase seguinte, estes manteram seus elencos e ainda contrataram bons reforços.
Pena para o futebol brasileiro, que vai acompanhar em 2014 a Libertadores menos brasileira dos últimos tempos.