Shein Brasil, o que está por trás da famosa empresa acusada de trabalho escravo
A Shein Brasil se popularizou bastante, vinda de mercador exteriores para se tornar a fast fashion por aqui.
Mas além da Shein Brasil, a marca é forte em várias partes do mundo. Ela vem da China, produzindo roupas e acessórios para vendas online por preços bem atrativos.
Embora tenha conquistado várias idades, a marca, que estava avaliada em 100 bilhões em abril de 2022, de acordo com a Boomberg, ganhou destaque negativo por causa do processo com o qual trabalha no país de origem.
A Shein ficou popular primeiramente no TikTok e Instagram, e seu conceito de fast fashion a fez ser tão barata. Isso porque uma pessoa pode comprar até 10 peças de roupas com 300 reais.
A empresa é acusada de usar mão de obra escrava e barata, e isso vamos te contar abaixo.
Somente uma fachada bonita
No dia 17 de outubro de 2022 foi lançado o documentário Inside Shein Machine: UNTOLD, produzido pela emissora britânica Channel 4. Ele revelou condições precárias de trabalho por trás das vitrines bonitas e atraentes da Shein.
Um repórter infiltrado, Panyu, entrou nas fábricas da empresa em Guangzhou, na China. Primeiramente ele descobriu que os trabalhadores fazem escalas de até 18 horas por dia, costurando, em média, 500 peças diariamente cada pessoa e tendo somente uma folga por mês.
Eles ganham cerca de 1,20 centavos por peça produzida, e o primeiro pagamento do mês é retido pela empresa.
No caso de cometerem algum erro, as pessoas são penalizadas com dois terços do salário. Tais condições análogas à escravidão violam as leis trabalhistas chinesas, que preveem um máximo de 40 horas de trabalho semanal com teto de 36 horas extras por mês e uma folga mensal, devendo faturar 4 mil dólares mensais.
Documentário conta detalhes
O documentário mostra mulheres lavando seus cabelos nas pausas do almoço, e comendo pequenas porções de comidas em tigelas. Além disso elas são vistas lutando para se manterem acordadas, e a maior parte delas são imigrantes.
Através de um e-mail enviado ao site The Business of Fashion, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias de trabalho escravo de seus parceiros. Vale lembrar que o documentário foi feito em uma das fábricas terceirizadas pela empresa.
A Shein disse ainda que eles estão cientes que isso viola o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein.
“Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas ao Channel 4 para podermos investigar”, finalizou a Shein.
Vale ressaltar ainda que não há número de telefone ou contato com a imprensa através da internet, e o nome de seu fundador permanece um enigma até hoje.
O que a Shein construiu nesses 9 anos de mercado foi feito com um bom trabalho de marketing digital e blogueiros, e portanto ela teve seus méritos para alavancar as vendas.
Fonte: MegaCurioso