Estudo revela que homens com baixa libido têm duas vezes mais chances de morrer precocemente
Um estudo revelou que homens com baixa libido têm duas vezes mais chances de sofrer uma morte precoce.
Pesquisadores dizem que uma persistente falta de interesse sexual pode ser um sinal de maus hábitos – como fumar, beber ou comer demais – o que aumenta o risco de doenças crônicas.
Eles analisaram os registros médicos e as respostas de um estudo com mais de 20.000 homens e mulheres no Japão, por mais de uma década.
Os resultados mostraram que os homens com mais de 40 anos que tinham baixa libido eram quase duas vezes mais propensos a morrer de câncer, enquanto o risco de morte por doença cardíaca era uma vez e meia maior.
As descobertas se mantiveram as mesmas quando os cientistas contabilizaram tabagismo, uso de álcool, IMC, condições de saúde subjacentes, níveis de exercício e outras variáveis. Os cientistas especulam que maus hábitos de vida reduziram o desejo sexual dos homens.
Os autores do estudo da Universidade de Yamagata disseram: “Embora a atividade sexual e a satisfação sexual sejam consideradas benéficas para a saúde psicológica e para o bem-estar em grupos mais velhos, a associação entre interesse sexual e longevidade não foi investigada.”
O estudo, publicado na revista PLOS One, foi o primeiro a verificar a associação entre libido e mortalidade.
Na amostra de 20.969 pessoas – 8.558 homens e 12.411 mulheres – os cientistas estudaram os resultados dos check-ins de saúde das pessoas, durante os quais foram solicitados a preencher questionários de interesse sexual.
As mulheres no estudo tinham duas vezes mais chances de relatar uma libido mais baixa, mas os cientistas não estabeleceram uma ligação entre isso e a mortalidade.
As pessoas que relataram falta de interesse por sexo tendiam a envelhecer, eram mais propensas a beber mais, tinham diabetes, riam menos, experimentavam algum tipo de sofrimento psicológico e tinham níveis mais baixos de educação.
Homens com menor desejo sexual também relataram mais a falta de um objetivo para viver.
O estudo tem, porém, uma grande ressalva. Ele se concentrou em uma população relativamente pequena em uma única região do Japão, o que significa que as descobertas podem não ser aplicadas ao resto do mundo.
Fonte: DailyMail