Líder Islâmico ordena mutilação genital de cerca de 2 milhões de meninas Iraquianas
Sob a justificativa de “distanciar-lhes da libertinagem e da imoralidade”, o autoproclamado líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, ordenou a mutilação genital de cerca de dois milhões de meninas iraquianas.
A mutilação genital feminina, conhecida pelos iraquianos como circuncisão feminina, foi uma orientação do líder Islâmico às famílias no entorno da cidade de Mossul, capital da Província de Ninawa, localizada ao norte no Iraque.
Ainda, de acordo com as orientações do líder, as famílias podem escolher entre a circuncisão das filhas ou puni-las severamente (em outras palavras, torturá-las).
A prática da mutilação íntima feminina é vista como uma violação aos direitos humanos das meninas e das mulheres pela Organização dos Direitos Humanos, já que o corte genital expõe as mulheres a um grande risco de doença e é uma prática fruto de uma cultura onde a diferença entre os sexos é gigantesca.
A prática também viola os direitos de uma pessoa para a saúde, a segurança e integridade física, o direito de ser livre de tortura e tratamento cruel, desumano ou degradante, e o direito à vida, quando o procedimento resulta em morte.
Muitas meninas e mulheres da região temem sofrer a violência caso permaneçam no país, o que gera uma grande insegurança em boa parte das habitantes desse país. Contudo, o quadro, ainda terrível, não é tão marcante quanto fora. Hoje a sociedade civil do país questiona a prática tradicional.
De acordo o ativista dos direitos civis da região, Asil Jamal, a prática da circuncisão feminina não passa de uma tortura do grupo extremista ISIS do qual pertence o líder Islâmico. A opinião do ativista também é compartilhada por outras pessoas da região de Mossul, que acreditam ter seus direitos violados.
O fim da mutilação genital feminina já é um desejo da comunidade global há algum tempo, e este movimento ganha força devido à conscientização dos direitos humanos por parte de um grande número de pessoas mundo a fora, mas especialmente das que sofrem com essa prática.
Fonte: Aina